quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Torres del Paine

15/01/10

Às 5h00 da manhã pegamos o ônibus para Punta Arenas. A parte mais legal da viagem é quando cruzamos o Estreito de Magalhães! O trajeto é lindo e há um tipo de golfinho branco e preto(acho que se chama doninha) que nada ao lado da embarcação! Lindo!
Já a parte mais chata é passar nas fronteiras...primeiro tivemos que esperar um tempão no vento frio para sair da argentina e depois, tivemos que passar toda a bagagem no raio-x e esperar o fical inspecionar o ônibus para poder entrar no Chile.
Chegamos em Punta Arenas e atravessamos a rua correndo para pegar o outro ônibus para Puerto Natales, onde chegamos às 21h00.
Nos hospedamos no Hostal Reymar, onde tivemos um quarto espaçoso e um ótimo atendimento. O hostal fica bem no centro da cidade (não que ela seja muito grande..rs) e nos buscaram na rodoviária sem cobrar nada.
Hostal Reymar: 24.000 pesos chilenos

16/01/10

Usamos o dia para alugar os materiais e alimentos para Torres del Paine. Alugamos os sacos de dormir, bastões e fogareiro na loja Turismo Receptivo Teresa (rua arturo Prat n 258), onde tinha equipamentos novos da doite e com preço melhor do que na Casa Cecília. Para que vai alugar fogareiro, é importante testá-lo com o botijão de gás que será utilizá-do.
Nos mercados da cidade há várias comidas em embalagens pequenas para levar para a trilha, mas não tem muita variedade. Já em algumas lojinhas da cidade é possível encontrar vários tipos de frutas secas.
Aproveitamos para comprar a passagem para Torres del Paine e para El Calafate na mesma empresa, Maria José. A passagem para El Calafate era mesma em todas as agências, já para Torres del Paine, havia diferença de preço.

Ônibus para Torre del Paine: 15000 pesos chilenos
Ônibus para El Calafate: 11000 pesos chilenos
Aluguel do saco de dormir: 2000
“ dos bastões: 1500
“ fogareiro: 1000

17/01/10

O ônibus nos pegou no hotel por volta de 8h00. Os outros passageiros (a grande maioria era de Israel) largaram os mochilhas no meio do corredor e tivemos que pisar em várias delas para chegar ao nosso assento, já que o povo se recusou a tirá-las do caminho mesmo após eu ter pedido.
Ao chegar no parque, paramos em Laguna Amarga para pagar a entrada e receber o mapa do parque. Também é possível verificar a previsão de tempo e ventos para os próximos dias (não que adiante muita coisa, pois o tempo por lá é imprevisível).
Entramos no ônibus novamente e seguimos para Pudeto. Para pegar o catamarã foi meio tumultuado, pois só viajam 80 pessoas por vez, e como não havia uma fila, o pessoal começou a se acotovelar pra conseguir entrar. Felizmente conseguimos entrar na primeira turma.
Nesse primeiro dia nosso objetivo era chegar ao Refúgio Grey, distante 11 km do ponto de partida, o Refúgio Paine Grande (ou Pehoé). O dia estava vei nublado e com chuviscos, assim, iniciamos a trilha bem agasalhados, mas logo o corpo esquenta e se pode caminhar apenas com o anorak. O caminho é lindo! Quando se chega ao ponto onde se avista o Glaciar Grey, o vento se torna muito forte, mas a vista é algo indescritível! No restante do caminho há vários riozinhos e cascatas onde se pode pegar água para beber. A propósito, em Puerto Natales não encontramos Clorim para vender, pois já que a água do parque é potável, ninguém compra.
Ao chegar no refúgio, deram um quarto só para nós dois. Assim, deixamos nossas coisas e seguimos até o mirador, onde se tem uma vista lindo do Glaciar e ainda dá para descer até bem pertinho de onde ficam vários pedaços de gelo enormes que se desprendem do Grey. Cozinhamos nossa janta e fomos dormir 9h00 com o dia ainda claro, pois estávamos bem cansados.

Entrada do parque: 15000 pesos chilenos
Catamarã: 11000 pesos chilenos

18/01/10

O dia amanheceu ensolarado e fomos até Los Guardas para ter uma linda visão do Grey! Depois, voltamos ao refúgio para buscar as mochilas e fizemos o caminho de volta a Paine Grande. Ainda perto do refúgio Grey escutamos um barulho de batida na madeira e nos deparamos com uma casal de pica-pau bem pertinho da gente!
A volta foi mais rápida que a ida. O Paine Grande é um refúgio mais confortável onde muitos turistas ficam para fazer alguma trilha por perto, então está sempre lotado. Ficamos em um quarto cheio de chineses, mas foi tranquilo. A estrutura para camping também é muito boa, com uma cozinha com fogão e gás para o pessoal cozinhar.
Há um bar no segundo piso com vista para Los Cuernos, assim resolvemos tomar um vinho para tentar relaxar e diminuir a dor nos ombros por causa do peso da mochila...depois que o corpo esfriou eu nem conseguia levantar o braço...rs. Nesse bar conhecemos outros 3 brasileiros que fizeram o w no sentido oposto e já estavam no penúltimo dia.

















19/01/10



O tempo estava bem nublado e com um pouco de chuva. Quando chegamos no acampamento Italiano o guarda-parque nos desaconselhou ir ao Vale do Francês, pois com aquele tempo a visibilidade estaria bem prejudicada. Assim, fomos somente até o mirante e depois seguimos para o Refúgio Los Cuernos. Lá, ventava muito e não havia lugar para cozinhar, então cada um cozinhava onde conseguisse se proteger um pouco do vento. Perto do refúgio tem o lago Nordenskjold, onde era possível ver a água subir devido ao vento.
Ficamos em um um quarto com um casal israelense e 4 senhores italianos que ficavam de sunga no quarto...muito engraçado...rs. As conversas eram uma mistura de espanhol, italiano e inglês, mas no fim, todos se entendiam.


20/01/10

Saímos em direção ao Refúgio Chileno debaixo de muita chuva! O riachos do caminho estavam cheios e para cruzá-los era impossível não se molhar. Chegamos cedo ao refúgio, mas completamente encharcados! Botamos a roupas para secar e fizemos almoço no quarto mesmo, que até então estava vazio. Os italianos ficaram em outro quarto dessa vez. Nessa etapa da trilha todo mundo já meio que se conhece e fomos encontrado essas mesmas pessoas nas outras cidades que visitamos.
Lá pelas 15h00 o sol saiu e resolvemos seguir a sugestão de outro brasileiro e subir para o mirante das Torres naquele dia mesmo. Já perto das torres começou a “nevar”, pois o vento soprava a neve das montanhas para cima de nós. O trecho final possui grande aclive e muitas pedras e quando estávamos cansados, sempre passava alguém vindo lá de cima falando que estava perto e que a vista era espetacular. E realmente eles estava certos! A visão das torres com a lagoa de cor turquesa aos seus pés é algo indescritível que definitivamente compensa a dificuldade para chegar até ela. Algumas pessoas vão bem cedinho para ver o nascer do sol lá, o que também deve ser bem legal.
Ao voltar ao refúgio descobrimos que devido a um problema, não havia água quente no chuveiro e como não rola de tomar banho frio na Patagônia, nos limpamos com os lencinhos umidecidos mesmo.


21/01/10


Esse era nosso último dia e tínhamos tempo de sobra, então fomos bem tranquilos em direção à Hosteria Las Torres. O dia estava ensolarado, mas o vento era muito forte (a previsão era de 100 km/h), o que tornou perigosa a passagem por um trecho onde a trilha era estreita e um lado tínhamos a rocha e do o outro, um abismo. A cada lufada de vento todo mundo parava e tentava se firmar junto à rocha e até as capas das mochilas o vento tirava.
Chegamos na hosteria e passamos o tempo vendo os cavalos e uma espécie de museu que eles têm sobre a fauna e flora local. Logo depois chegou a van que nos levou à Laguna Amarga para pegar o ônibus das 14h30.
Após entregar os materiais alugados, demos uma volta na cidade e fomos comemorar o final da trilha comendo um delicioso Filé a lo Pobre no restaurante Marítimo.

6 comentários:

  1. Olá Cris e Sérgio,
    Como vão, tudo bem? Gostei muito do relato de viagem de vocês. Vou fazer a mesma viagem em novembro. Gostaria de pegar algumas dicas com vocês. Será que poderiam me enviar um e-mail (alinercds@hotmail.com) me dando a seguinte dica:
    é fácil comprar equipamentos de camping em puerto natales? Que marca eles mais vendem e é mais fácil achar de bujão de gás para fogareiro? é DOITE? eu tou afim de levar o meu daqui e só comprar os bujõies lá... o que acham?
    Gostaria de saber também o que vcs comeram na trilha? o que é fácil carregar e cozinhar? que eles vendem lá?
    Puxa, se puderem me ajudar vai ser muito bacana!!!!
    um grande abraço!
    Aline Souza
    alinercds@hotmail.com

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    1. em puerto natales tem muita loja com equipamento, principalmente da doite..vc acha o gás sim, pode ir tranquila.
      para trilha levamos sanduiches naturais q fizemos na véspera, frutas secas (em puerta natales tem uma banca q vendenal), barras de cereais e miojo e um carreteiro q só precisava colocar água e cozinhar um pouco. Nos mercados de puerto natales tem muita opção.
      Nós praticamente n sentíamos fome durante o dia, só no final do dia, quando parávamos.

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  2. Oi Cris, tudo bom?

    Eu pretendo ir daqui a pouco mais de 1 mês para TDP para fazer o circuito W e estava lendo o seu relato (que está incrível) e fiquei com uma dúvida.

    Os refúgios (Paine Grande/Cuernos/Torres) dispõe de cozinha ou algum espaço para que aqueles que se hospedarem no refúgio possam preparar a sua própria comida (ou pelo menos água quente para um miojo! :D)??

    Ou só levando fogareiro mesmo??

    Bjos!

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    1. José, vc provavelmente já viajou, mas os refúgios n oferecem cozinha, no máximo um espaço abrigado do vento..rs Tem q levar um fogareiro e gás.

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  3. Oi Cris, tudo bem?
    Adorei seus relatos. Eu e meu marido também somos amantes de viagens e aventuras. Dessa vez estamos pensando em ir para Torres Del Paine (no inverno)! Queria uma informação, para se hospedar nos refúgios não precisa pagar nada? É só pagar a entrada do parque? Obrigada desde já e Parabéns pela viagem! Se quiser, visite meu blog: www.meumundoeumaviagem.blogspot.com.br

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    1. oi Evelyn, perdão pela demora, mas estou com um bb de 4 meses, então n tive muito tempo de atualizar o blog. Então, a hospedagem refeições nos refúgios são pagas e não é muito barato, por isso muita gente prefere acampar. Quando fomos, os refúgios eram administrados por 2 empresas, então fizemos uma reserva pelo site, p n correr o risco de chegar sem barraca e n ter vaga.

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