segunda-feira, 31 de maio de 2010

Peru: Cusco e Trilha Inca

Iniciamos a viagem pegando um vôo de Brasília a Lima com escala em SP.
Lima não me chamou muito a atenção, pois é uma cidade grande como qualquer outra, com a diferença que raramente chove por lá. Normalmente os turistas ficam em um bairro chamado Miraflores, com muitos restaurantes, albergues, lojas e um shopping de frente para o mar. Porém, o mar é só pra olhar mesmo ou para os corajosos surfarem. A água é muito gelada e a praia só tem pedras.
Na ida ficamos em um bairro um pouco afastado, ao lado de um parque onde à noite acontece um show com fontes luminosas, muito bonito.
Na manhã seguinte pegamos o vôo para Cusco. Nessa viagem é importantíssimo pegar uma poltrona na janela! A visão das montanhas e dos picos nevados é linda!
Um pouquinho de informação sobre a cidade:

Cusco é uma cidade situada no sudeste do Vale Sagrado, na região dos Andes, com população de 300.000 habitantes. É a capital do departamento de Cusco e da província de Cusco. É uma cidade muito alta (com 3400 metros altitude) e seu nome significa "umbigo", no idioma quíchua. Era o mais importante centro administrativo e cultural do Império Inca. Lendas atribuem a fundação de Cusco ao Inca Manco Capac no século XI ou XII. As paredes de granito do palácio inca ainda estão lá, bem como monumentos como o Korikancha, ou Templo do Sol.
Depois do fim do império, em 1532, o conquistador espanhol Francisco Pizarro, invadiu e saqueou a cidade. A maioria dos edifícios incas foi arrasada pelos clérigos católicos com o duplo objetivo de destruir a civilização inca e construir com suas pedras e tijolos as novas igrejas cristãs e demais edifícios administrativos dos dominadores, desta forma impondo sua pretensa superioridade européia.
A maioria dos edifícios construídos depois da conquista é de influência espanhola com uma mistura de arquitetura inca, inclusive a igreja de Santa Clara e San Blas. Freqüentemente, são justapostos edifícios espanhóis sobre as volumosas paredes de pedra construídas pelos incas.

No aeroporto há quiosques oferecendo hospedagem em várias pousadas e assim, escolhemos o Qori Inti (http://www.qoriinti.com/) devido ao preço e ótima localização(pertinho da Praça de Armas). Pegamos um quarto no terceiro andar, bem arrumadinho e limpo, mas o que matava era subir as escada, pois devido à elevada altitude qualquer esforço causava falta de ar. Ao redor da Praça de Armas existem muitos restaurantes e lojas vendendo pacotes de turismo e artigos para as trilhas. Perto das igrejas é comum encontrar crianças e adultos com o traje típico e filhotes de lhama, prontos para tirar foto com os turistas, mas é claro, em troca de uma pequena "propina" (gorgeta).
Como passaríamos 2 dias em aclimatação em Cusco para depois iniciar a trilha inca, compramos o ticket que dá direito à entrada em vários museus e ao show de danças típicas que acontece à noite no Centro Cultural.Gostei de tudo, principalmente das danças! Também fizemos o passeio ao Vale Sagrado, passando por Pisac, Ollantaytambo e Chinchero.
Em Pisac há um mercado enoorme onde se pode comprar vários artesanatos. Logo na entrada há uma senhora fazendo pão na hora...uma delícia!!
Após Pisac o passeio segue para as ruínas de Ollantaytambo que quer dizer em Quecha “aqui quedamos”, um local onde os incas habitualmente paravam no meio do caminho para Machu Pichu. As ruínas e as histórias são impressionantes!

Em Chinchero visitamos uma espécie de ateliê onde as artesãs mostram como é feito o preparo da lã de alpaca e seu tingimento com flores e folhas como corantes naturais.

Depois visitamos as ruínas de Chinchero, onde também há mistura da arquitetura inca e espanhola. Do lado de fora o pessoal vende o artesanato produzido na região.
Durante o passeio é possível ver no telhado de várias casa um par de "toritos", que trazem proteção a seus habitantes.

Uma outra opção para quem não faz questão de guia, é alugar uma bicicleta ou moto pra fazer o Vale Sagrado por conta própria.

Outro lugar bem interessante de visitar em Cusco é o Mercado de San Pedro, um mercado popular onde além de frutas e e verduras, você encontrará fetos de lhama mumificados e outras oferendas para Pachamama. No mercado também são vendidas refeições, mas eu não aconselharia a comer ali...aliás, é bom ter um certo cuidado ao escolher onde comer, uma vez que nem todos os restaurantes de Cusco dispõem de geladeira e boa higiene e um piriri durante a viagem não seria nada agradável.
Na véspera de iniciarmos a Trilha Inca eu jantei um sanduiche em um lugar meio esquisito e foi dito e feito...amanheci enjoada, apavorada com a idéia de passar mal durante a trilha. O pessoal do hotel me entupiu de chá de coca e graças a Deus funcionou! Aliás, os peruanos usam o chá de coca como remédio pra quese tudo...não importa se você está com enjôo, diarréia, dor de cabeça ou só cansaço...a solução é uma xícara de chá de coca! Na verdade esses sintomas geralmente estão relacionado com a altitude, por isso o chá acaba ajudando mesmo.

Bom, aqui começamos a Trilha Inca.
Para fazer a trilha inca tradicional é preciso contratar uma empresa com uns 3 meses de antecedência. A empresa leva as barracas, alimentos e etc e cada pessoa leva uma mochila de ataque com seu saco de dormir (que pode ser alugado em Cusco), manta isolante,roupas e artigos pessoais. Eu aconselho a levar o mínimo possível, pois cada grama a mais faz diferença e se sua mochila estiver muito pesada vc terá vontade de largar até as calcinhas no meio do caminho!

Primeiro dia: A empresa nos pegou bem cedinho no hotel e depois foi passando para pegar o resto do grupo e nos levar a Ollantaytambo, porém devido ao "Dia del Paro" vários trabalhadores colocaram pedras nas estradas bloqueando o caminho como forma de protesto, assim, gastamos um tempão procurando rotas alternativas.
Ao chegar em Ollantaytambo há uma parada para lanchar e comprar folhas de coca e o bastão para a trilha. Vc pode comprar esse bastão de madeira ou alugar em Cuscos aqueles bastonetes mais invocados. Essa ajuda é importantíssima, principalmente pra quem os joelhos bichados como eu.
No começo da trilha caía uma chuva fininha, mas já deu pra perceber que minha capa de chuva era uma porcaria, pois passava toda a umidade. Há um posto logo no início, onde vc pode carimbar seu passaporte com o carimbo da trilha inca. Durante o caminho passamos por várias ruínas incas, onde o guia dava as explicações e ficávamos por um tempo para tirar fotos. Nosso grupo era formado por 6 franceses e 5 brasileiros (contando com nós), todos muito legais. Como alguns tinham o ritmo mais forte que outros, o guia sempre acompanhava o último da fila.
No meio do caminho paramos pra almoçar. Os carregadores vão sempre na frente, assim, quando chegamos, a barraca já estava armada e o almoço pronto.
Esse primeiro dia é tranquilo, mas minha mochila não estava bem regulada e cheguei no acampamento morrendo de dor nas costas e decidida a pagar para os carregadores levarem minha mochila no segundo dia. Quando chegamos no acampamento as barracas já estavam armadas, então aproveitamos para trocar de roupa e tomar aquele banho de gato com lencinhos umidecidos, já que banho quente, só tem no último acampamento. Quando paramos de caminhar e principalmente à noite, fica muuuito frio, então é importante levar segunda pele, luvas, cachecol, casaco e etc.
Após o jantar ficamos conversando com o pessoal um pouco e depois fomos dormir pq no dia seguinte acordaríamos cedo.

Segundo dia: Esse é o trecho mais difícil da trilha. São mais de 5 horas só subindo uma escadaria que não tem fim! Aqui sente-se bastante os efeitos da altitude, sendo necessárias várias paradas para recuperar o fôlego.


No trecho mais alto o Sérgio começou a passar mal, com sintomas de soroche (mal da altitude)...sentia tontura, mãos geladas e muita fraqueza. Tive que levar sua mochila e fomos subindo bem devagar, por isso fomos os últimos a chegar no ponto mais alto, onde todos param para tirar foto. O guia esfregou um líquido vermelho no rosto do Sérgio para facilitar a respiração, mas não adiantou muita coisa. Tiramos a foto com o resto do grupo e começamos o trecho de descida e a partir daí ele foi melhorando.
Na foto acima dá pra fazer o Sérgio caído no chão...rs


Nesse dia chegamos ao acampamento por volta de 16h00, mortos de cansaço, então almoçamos, dormimos, jantamos e depois capotamos de novo.

Terceiro dia: Essa parte da trilha é mais tranquila e muito bonita. Passamos por vários tipos de vegetação e várias ruínas.



A partir do dia seguinte os carregadores não iriam mais nos acompanhar, então no jantar houve uma despedida

Nesse acampamento havia água quente, assim, todos aproveitaram para tomar um banho de verdade. O chuveiro não é lá essas coisas, mas pra quem estava a dias sem tomar banho, foi uma maravilha.

Quarto Dia: De madrugada choveu muito, mas quando nos acordaram as 4h00, com um chá de coca para começar o último trecho da trilha, a chuva já havia parado. Caminhamos no escuro, com as lanternas acesas até a guarita, onde havia uma fila. Depois caminha-se até o Portal do Sol, de onde se tem a visão do nascer do sol e de uma vista aérea de Machu Picchu iluminada pelos primeiros raios de sol.

Visitar Machu Picchu naqueles passeios de 1 dia, chegando de trem é bonito, mas não se compara a sensação de encontrá-la após 4 dias de trilha... a sensação de vitória, de sentir que pisou em um solo cheio de história e poder... é indescritível!
O guia fez um tour com o grupo, explicando vários aspectos da vida e simbologia inca em Machu Picchu e depois nos deixou livre para andar pela cidade. Quem deseja também pode subir o Wayna Picchu, porém nossas coxas doiam tanto, que nãotínhamos controle sobre elas, então desistimos de subir a montanha.








Na hora do almoço pegamos uma van para descer até Água Calientes, onde almoçamos e passeamos enquanto esperávamos a hora do trem. Nessa cidade é posível frequentar piscinas termais para aliviar as dores musculares.

Passamos mais dois dias em Cusco e depois fomos para Lima, para de lá pegar o vôo de volta ao Brasil.

Abaixo seguem algumas dicas para quem deseja fazer essa viagem:

1. Ao sair para a Trilha, faça o check out no hostal em Cusco e peça para deixar a sua mochila maior no depósito deles enquanto estiver na trilha. Vc não vai pagar nada por isso e é seguro!!
2. Quando chegar em Ollantaytambo não deixe de comprar o cajado de madeira
3. o saco de dormir vc tem que levar do Brasil ou alugar em Cusco
4. Não esqueça de comprar o Micropur (ou Clorin no Brasil) para purificar a água durante a trilha!! Uma cartelinha é mais do que suficiente (vc pode dividir com alguém que estiver indo junto) e vc encontra em qualquer farmácia de Cusco!!
5. Água mineral e Gatorade vc só vai encontrar em poucos pontos da trilha e por um valor bem maior do que em outros lugares! Se vc achar necessário pode levar sachês de gel com carboidrato, barrinhas de proteína, chocolates e biscoitos para comer durante a trilha!
6. Compre tbém algumas “Sorojchi Pills” ! Vc pode precisar tomar nos dias de caminhada em maiores altitudes!!
7. Roupas: Para a caminhada o ideal são as calças de suplex, tactel ou tecido similar. Eu levei 02 calças (01 delas eu só coloquei na noite do 3º dia, pra chegar limpinha em Machu Picchu), 3 camisetas, 1 blusa de manga longa, 1 casaco(polar), 1 anorak, luvas, meias para trekking (duas camadas, com coolmax), capa de chuva
8. Use um calçado adequado, que seja confortável e não seja escorregadio, de preferência que já esteja amaciado!!! A trilha tem um percurso todo desigual durante os 04 dias!! Em alguns momentos é plana e de terra batida... Em outros é totalmente íngreme e de pedra, às vezes lisa e escorregadia, às vezes beirando abismos!! Por isso o calçado é muito importante.
9. Dica para não passar frio: Sempre que vc chegar no acampamento no fim da tarde, troque logo a camiseta que vc está usando (suada) pela camiseta de manga longa e coloque um ou mais casacos por cima!!! Se vc parar de andar e ficar com a camiseta suada no corpo (no frio da altitude) vc vai passar muito frio à toa.
10. Para não sentir tanto frio na barraca (para 02 pessoas) durante a noite: Colocar as mochilas e outras coisas nas laterais e dormir sempre no centro da barraca, onde faz menos frio.
11. Nas 02 primeiras noites de acampamento não há água quente para tomar banho!! Se vc for muito corajoso(a) vc pode tomar banho GELADO!!! Já na terceira noite vc pode pagar para tomar o banho morno mais relaxante da sua vida!!!
12. Toalha de banho: existem toalhas de banho super absorventes e que secam rápido, específicas pra camping.
13. Shampoo e condicionador: vc pode levar em frascos bem pequenos (como os de acetona), para a viagem toda!!! Quando acabar vc vai encontrar sachês nos mercados para comprar!! Assim vc se poupa do peso e do volume de 02 tubos de tamanho normal! Só não encha os frascos até o limite, pq os tubos podem estourar com a altitude!!!
14. É preciso levar lencinhos umedecidos e papel higiênico durante a trilha!!
15. Não esqueçam de levar uma lanterna!! É essencial para os acampamentos, pq às vezes as barracas ficam meio longe dos toiletes!! Melhor se vc levar aquelas lanternas de testa! Assim vc fica com as mãos livres pra procurar as coisas na barraca.
16. Chegando em Machu Picchu faça questão de saber o horário do seu trem de volta a Cusco ou Ollantaytambo!!! Assim vc poderá se esquematizar e fazer tudo que quiser no seu tempo livre nas ruínas! Isso evitará aborrecimentos, como ter que sair às pressas por causa do horário do trem... Principalmente se vc for subir o Waynapicchu!!

COMO CONSULTAR AS VAGAS PARA A TRILHA INCA:

Nesse link vc pode consultar as vagas para a Trilha Inca e tbém as agências credenciadas a fazer a trilha e outras informações!!
http://www.inc-cusco.gob.pe/

No canto superior direito da tela clicar em “RCI NAHUI Operadores”. Abrirá uma janela de login, mas vc poderá clicar em “Ingresar como Invitado”. Depois clique em “Consultas” e em “Disponibilidad Camino Inca ”.
Aí vc seleciona o mês que pretende fazer a Trilha Inca e clica em “Ver disponibilidad”. Assim aparecerão as vagas disponíveis em cada dia do mês!

RESERVAS:

Para fazer a reserva vc tem que escolher uma agência autorizada pelo “Instituto Nacional de Cultura Cusco” (através da lista do site ou por alguma indicação que tenham feito a você), entrar em contato com a agência e reservar.
Eles pedem seu nome completo, número de passaporte ou RG, idade, nacionalidade e a data pretendida para início da trilha.

PAGAMENTO:

Geralmente esse depósito é feito no Western Union, através do Banco do Brasil, pagando uma taxa de +-US$ 20 por remessa. Só não sei dizer se a taxa aumenta se o valor da remessa for mais alto (no caso de reservar a vaga para várias pessoas).
Obs. Para fazer a remessa é necessário ser correntista do Banco do Brasil ou pedir para alguém que seja correntista fazer a remessa para vc.
http://www.westernunion.com.br/info/homePage.asp?country=BR&language=pt
O restante do valor vc paga para a agência, em Cusco.

AGÊNCIA CONTRATADA POR MIM:

Amazin Adventure (c/ Marisol ou Saul)
Av. Collasuyo, 517 Urb. Miravalle - Cusco
Telefones: 084-9721553(Celular) ou 084-237733.
E-mail: marisolic@yahoo.com ou amazinadventureperu@yahoo.com
o MSN do Saul é: saul_cr@hotmail.com

Contato de outra agência que uma pessoa do Orkut me passou e falou que foi muito bom tbém!!

Hiran Binghan Travel c/ Edgar Cosio Challhua
Calle Procuradores, 366 - ofc. 106), perto da Praça das Armas
Telefones: 084-438598 / casa : 084-234128
celular: 084-9609437 / 084-9716476
c_sudamericatrek@hotmail.com

O QUE ESTÁ INCLUÍDO NO VALOR DA TRILHA:

Eu paguei US$ 250* (em Out/2006) pela Trilha Inca de 04 dias.
Neste valor estava incluso: transporte até Ollanta, entrada na Trilha Inca, guia, barraca para 02 pessoas (a divisão é feita lá na hora), isolante térmico, toda a alimentação desde o almoço do primeiro dia até o café manhã do quarto dia, entrada em Machu Picchu, ônibus para descer de MP até Águas Calientes e o trem de volta a Ollanta. Vc pode negociar com eles o transporte de Ollantaytambo até Cusco tbém!!
[b]Saco de dormir vc tem que levar ou pode alugar em Cusco por +/- US$ 1,50 por dia).
Se vc quiser pode contratar um “porteador” da agência para carregar sua mochila, mas é um valor à parte. [/b]
* Esse valor depende muito da época que vc for!!! No nosso inverno os preços aumentam por lá, pq é época de férias de Europeus, Americanos, etc e eles “invadem” o Peru!! rsrs
Por esse valor a agência me buscou no hostal onde eu estava hospedada em Cusco, me levou para Ollanta e depois para o ponto de partida da trilha, que fica em Piscacucho, no km 82 da linha do trem e onde fica o primeiro Posto de Controle de entrada da trilha!!
[b]Obs. Ao passar nos Postos de Controle da trilha tenha sempre em mãos seu boleto da trilha, seu passaporte ou RG e sua Carteirinha de Estudante internacional,se vc utilizou para a reserva da trilha (a tarifa é menor para estudantes).

ALIMENTAÇÃO:

As refeições são feitas em uma barraca-refeitório (no horário do almoço e no acampamento, à noite)!! A alimentação durante a trilha geralmente é muito boa!! Café da manhã com chá, chocolate quente, café, pães, panquecas, omeletes!! Chá da tarde com pipoca e bolachinhas! Almoço e jantar sempre com uma sopinha de entrada, carne, acompanhamentos e MUITO mate de coca!!!
Na entrada de Machu Picchu tem uma lanchonete com sanduíches, etc.. mas os preços são "salgados"!!

ALTITUDE:

O ideal é tomar mate de coca todos os dias (várias vezes, se quiser), não fazer muito esforço físico nos primeiros dias.

PRIMEIROS SOCORROS:

O material de primeiros socorros deve ser um item que a agência contratada para fazer a Trilha Inca deve levar!! Eles são obrigados pelo órgão que controla a Trilha a levar um cilindro de oxigênio (em boas condições de uso) para o caso de alguém não se sentir bem com a altitude!!
Ex: Dores de cabeça, estômago ou cólica, dores musculares, anti-inflamatório, diarréia, vômito/enjôo, gripe etc...
Levei tbém uma caixa com band-aids.
As Sorojchi Pills (p/ altitude) e o Micropur (p/ purificar a água) vc compra por lá mesmo!! Clorin vc encontra em lojas de aventura no Brasil!
No mais é só se cuidar!!! Estar gripada(o) e com a respiração ruim na Trilha Inca não deve ser nada bom...

DIA A DIA NA TRILHA:

A gente acorda +/- 05:00 hrs da manhã com um porteador levando uma xícara de mate de coca na porta da barraca!! Depois se arruma, toma café e sai pra trilha!!
Durante o dia tem uma parada para o almoço. Quando vc chega a barraca-refeitório já está armada e a comida quase pronta!
No fim do dia eu chegava nos acampamentos +/- 17:30 hrs. Depois que todos chegam eles servem um lanche e as 18:30 hrs o jantar. Depois é só cair na “cama”, muito cedo, “morto” de sono!! Rs..
No jantar do 3º dia é comum o guia “apresentar” os porteadores para o grupo e aí rola uma “vaquinha” para dar uma gorjeta (propina) para eles. É prache..
Lixo: os porteadores se encarregam de levar o lixo que eles geram nos acampamentos, com o preparo das refeições, etc!! O meu lixo eu carreguei, mas era tudo coisinha pequena, embalagens de chocolate, etc.. E pelo que eu lembro tem alguns (poucos) pontos com lixeira pelo caminho!!

OUTROS:

Eletricidade vc só vai encontrar no acampamento do 3º dia! Se sua câmera funciona com bateria é bom verificar o tempo de duração dela e/ou providenciar uma sobressalente!

Waynapicchu - Dentro do parque onde estão as ruínas de Machupicchu (montanha velha) tem o Waynapicchu (montanha jovem), que é aquela montanha pontudinha das fotos!! Rs
É uma subida BEM íngreme, que se faz escalaminhando (uma mistura de escalada com caminhada) e leva cerca de 01 hora, dependendo do ritmo!!!
A vista lá de cima é genial!!! Vale a pena o esforço!! Mas tem que tomar muito cuidado, pois as pedras e degraus são escorregadios e em alguns trechos tem cabos de aço nas rochas pra ajudar na subida!
Tem que prestar atenção pq só sobem 400 pessoas por dia e eles só permitem começar a subida até as 13:00 hrs!! Depois disso ninguém mais sobe!! Vc passa por um posto de controle, assina seu nome e coloca o horário que está subindo. Na volta vc assina de novo, pra garantir que todos que subiram, desceram!!! Rsrs...

Melhores meses para se fazer a trilha, segundo o guia do meu grupo que já a fez mais de 100 vezes.

Janeiro - muita chuva.
Fevereiro - fechado.
Março - muita chuva.
Abril - bom mês, pouca chuva e temperatura legal.
Maio - começa a lotar, temperatura cai, mas é bom.
Junho - frio, risco de neve (nesse ano, a neve interditou o caminho num dia e tiveram que voltar) Julho - frio, risco de neve.
Agosto - temperatura melhora, mas é o mês mais lotado.
Setembro - melhor mês, temperatura amena e pouca chuva.
Outubro - começa a chover, mas ainda é bom.
Novembro - pouco frio e chove mais.
Dezembro - chove mais regularmente, temperatura legal.

SAÚDE
A água não é aconselhável em nenhuma cidade do Peru. Os peruanos fervem a própria água das fontes ou consomem-na apenas engarrafada. A água pode , contudo, utilizar-se sem problemas em duchas ou lavagem de dentes.VACINAS
Febre amarela – nas zonas de selva exigem um certificado de vacinas.
CORRENTE ELÉTRICA
A corrente elétrica é de 220 volts.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Chapada Imperial - DF

Feriado de Carnaval 2010

Essa não foi exatamente uma viagem, já que o nosso destino de carnaval ficava a somente 50 km de Brasília,em uma reserva ecológica particular localizada na APA de Cafuringa (Área de Proteção Ambiental).
Na Chapada Imperial é possível escolher uma das 3 três trilhas naturais de acordo com o grau de dificuldade. Margeando o ribeirão Dois Irmãos, água cristalina e potável, os visitantes conhecem várias fitofisionomias de cerrado e visitam várias cachoeiras de tamanhos variados no percurso, seja ele o das trilhas curta, média ou longa. A taxa paga na entrada dá direito à trilha com guia, almoço, tirolesa e arvorismo.
Nós, Tânia, Maiko, Fred e Beth escolhemos a maior trilha, onde é possível visitar cerca de 30 cachoeiras, cada uma mais bonita que a outra, algumas com a áqua de cor turquesa!
Em um certo momento chegamos a um sumidouro, uma espécie de buraco na rocha por onde a água e escorre e saí em outro ponto, continuando o riacho. O guia perguntou se alguém gostaria de passar pelo sumidouro e inicialmente todo mundo ficou calado analisando o tal buraco. Depois que o Fred e o Sérgio falaram que queriam, eu tomei coragem e fui, apesar do meu pavor de lugares claustrofóbicos. O engraçado é que depois que os outros homens do grupo viram que uma mulher
iria, acabaram indo também...acho que pra não parecerem frouxos...kkk. Mas foi bem tranquilo...o túnel é escuro, mas é curto e o caminho é feito rastejando sobre as pedras com a água batendo no máximo no joelho. Eu vi um morcego, mas resolvi nem pensar na possibilidade de haver cobras..rs.


Em uma das cachoeiras, se não me engano, na Cachoeira da Rainha, é possível saltar na água. De baixo nem parece tão alto, mas quando se está lá em cima dá um medão...minha perna não parava de tremer, mas respirei fundo e pulei de uma vez. O Sérgio disse que eu caí toda torta, mas achei bem legal! Nessa cachoeira também dá para mergulhar e passar por baixo da queda d'água para chegar atrás da cachoeira, onde tem até lugar pra sentar e admirar a água caindo.
Depois da trilha voltamos para a sede em um pau de arara e almoçamos. A comida é simples, mas depois de andar e nadar tanto, qualquer comida é deliciosa.
A Chapada Imperial participa do Projeto Bicho Livre,projeto de soltura de animais silvestres feita pelo IBAMA na reserva e por isso existem muuuuitas araras soltas nas árvores próximas à sede. Há inclusive um tucano bem exibido que parece fazer pose para fotos.

Quem quiser conhecer, não esqueça um lanche para comer na trilha e máquina fotográfica!
Cris

Buenos Aires e Colônia de Sacramento


09/01/10

Aqui começa nossa viagem à Patagônia Argentina e Chilena. Saímos de Brasília, com escala em São Paulo e chegamos em Buenos Aires por volta de 16h30. O taxi de dentro do aeroporto é bem carinho...118 pesos até o centro, mas é o mais seguro, então acabamos pegando esse mesmo.
Ficamos hospedado no Sudamerika Hostal e gostamos muito! O hostal é bem localizado, limpo, organizado e silencioso, além de que fomos muito bem atendidos pela funcionária de lá, a Bárbara.
Nesse dia caminhamos pela Florida, rua onde se encontram lojas como a Falabella (uma loja grandona que vende de tudo) e a Galeria Pacífico, onde se pode encontrar lojas de grandes grifes e a sorveteria Fredo.
Na Florida você também vê que certas coisas não mudam, não importa em que país esteja: assim como no Brasil, quando a polícia aparece na Florida é um corre-corre dos camelôs desmontando tudo e desaparecendo, mas 5 minutos depois estão todos de volta.

Passagem Brasília – Buenos Aires (ida e volta): 936,00 reais na TAM
Taxi Ezeiza - centro: 118 pesos
Sudamerika Hostal (quarto de casal com banho privado e ar condicionado): 180 pesos

10/01/10

Pegamos o Buquebus para Colônia de Sacramento, no Uruguai. O procedimento de embarque é bem parecido com o de um aeroporto, então é bom chegar com uma hora de antecedência. O barco é bem grande e muito confortável. Tem até um free shop mais barato que o do aeroporto.
Compramos um pacote com direito a dia de campo e citty tour, então, assim que chegamos nos levaram para uma estância onde almoçamos parilha, acompanhamentos e sobremesa. Só a bebida foi à parte. Lá também tem um mini zoológico e museu com um monte de porcaria que o dono de lá coleciona...coleção de lápis, apontador, cartão telefônico, chaveiro e etc. Andamos a cavalo e depois o ônibus do citty tour nos pegou.
Após as explicações da guia, ficamos livre para andar um pouco pelo centro histórico. A cidade é bonitinha, mas tudo é extremamente caro.
Na hora combinada o ônibus nos levou para pegar o Buquebus de volta à Buenos Aires.
Na chegada à Buenos Aires não pegue o remis da buquebus. Até o obelisco ele sai por 40 pesos, enquanto que se você pegar um taxi na rua em frente ao terminal, pagará 10 pesos.

Buquebus+passeios: 150 pesos
taxi:10 pesos

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ushuaia

11/01/09

Às 5h00 pegamos o avião para Ushuaia com escala em El Calafate. Enquanto esperávamos as mochilas, todo mundo começa a se encasacar, pois na saída do aeroporto já se sente o vento gelado da patagônia. Mesmo na cidade e em dias de sol é necessário usar ao menos um anorak e cachecol para não passar frio.
Esperamos um pouco em uma fila para conseguir um taxi e seguimos para a cidade.
Ficamos hospedados no hostal Paisagem del Beagle, um lugar simples, mas aconchegante e limpo.
Depois do almoço fomos até o porto para ver os preços para a navegação pelo canal Beagle e pinguineira e decidimos fazer o passeio no mesmo dia.
O tempo estava chuvoso, então não aguentamos ficar muito tempo do lado de fora do barco, mas tivemos sorte, porque foi só chegar à pinguineira e a chuva parou. Assim podemos observar e tirar várias fotos dos pinguins magalhanicos. Também vimos lobos marinhos e muitas aves.
Há um outro passeio em que as pessoas vão até outra pinguineira e caminham entre os pinguins. Talvez seja mais interessante, já que não vi muita graça na navegação em si.
Depois do passeio fomos até o escritório de turismo carimbar os passaportes com o carimbo de Ushuaia. É uma das poucas coisas que não te cobram nada para fazer..rs
Jantamos sopa de centolla, bife de chorizo e bebidas no restaurante Azul por mais ou menos 83 pesos.
O pôr-do-sol é bem mais tarde na Patagônia. Fomos para o hotel 22h00 e o céu ainda não estava escuro.


Hostal Paisagem del Beagle(quarto de casal): 250 pesos
Navegação pelo canal Beagle, Ilha dos Pássaros e Pinguineira: 200 pesos

12/01/10

Compramos o ônibus para Punta Arenas (Tecniaustral) e Puerto Natales (Bus Pacheco). É bom comprar a passagem com alguma antecedência, já que os ônibus lotam rapidamente.
Almoçamos no tenedor libre Arco-íris, mas não achei muita vantagem..cobram 55 pesos por pessoa mais a bebida (obrigatório consumir no mínimo uma bebida por pessoa) e a comida é bem meia-boca.
À tarde fomos ao Museu do Fim do mundo, Museu do Presídio e um museu dos indígenas. Todos são pagos. Achei bem interessante o museu do presídio, com a história dos presos que foram mandados para Ushuaia a fim de construir e desenvolver a cidade. O preso mais famoso foi o Petiço Orelhudo. Ele foi preso por matar crianças e os médicos acreditavam que sua maldade residia nas orelhas...rs. Foi espancado até a morte após matar o gato de estimação dos presos.
Usamos esse dia para caminhar na rua principal e fazer compras. Máquinas fotográficas e roupas de trekking são mais baratas que no Brasil, então vale a pena deixar para comprar lá.
Para jantar, compramos empanadas e vinho no mercado e comemos no terraço do hostal.

ônibus para Punta Arenas (Tecniaustral): 190 pesos

13/01/10

Fizemos o passeio de 4x4 e foi muuuito legal! É caro, mas definitivamente vale a pena. Nos pegaram de manhã cedo no hostal e nos levaram até um lugar onde criam cães para puxar trenós na neve. Nesse lugar havia um termômetro enorme marcando 6 graus, mas devido ao vento a sensação térmica é de muito menos! Depois do Passo Garibaldi entramos em uma trilha cheia de lama e em vários lugares passamos com água até metade da porta do carro. Chegamos a entrar no lago Fagnano com o carro para chegar ao acampamento onde é feito um churrasco para almoçarmos. Depois do almoço fomos para o lago Escondido fazer canoagem.
Nossa máquina caiu no chão e quebrou logo no começo do passeio, mas por sorte conhecemos um pessoal bem legal que nos enviou as fotos daquele dia por e-mail.
Ao chegar na cidade, fui correndo comprar outra câmera!


Passeio 4X4 nos lagos Fagnano e Escondido pela Antartur: 340 pesos

14/01/10

Pegamos uma van no porto e fomo até o Parque Nacional fazer a Senda Costera, que se inicia na Bahia Ensenada e vai até o Refúgio no Lago Roca. Antes de iniciar a trilha há o posto de correio mais austral do mundo, onde se pode colocar um lindo carimbo no passaporte, mas esse tem que pagar 6 pesos.
A trilha é linda, mas tem que estar disposto a caminhar bastante, pois são 8 km a serem percorridos em aproximadamente 3 horas (sem contar as paradas para comer e tirar fotos). Ao chegar no refúgio pegamos a van de volta a Ushuaia.
Ao se comprar a passagem de ida, já está inclusa a de volta, basta estar atento aos horários de volta.
Jantamos em um restaurante chamado Tante Sara, que serve um bife de Chorizo delicioso!




Van ao parque: 50 pesos
Entrada no Parque Nacional da Terra do Fogo: 50 pesos

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Torres del Paine

15/01/10

Às 5h00 da manhã pegamos o ônibus para Punta Arenas. A parte mais legal da viagem é quando cruzamos o Estreito de Magalhães! O trajeto é lindo e há um tipo de golfinho branco e preto(acho que se chama doninha) que nada ao lado da embarcação! Lindo!
Já a parte mais chata é passar nas fronteiras...primeiro tivemos que esperar um tempão no vento frio para sair da argentina e depois, tivemos que passar toda a bagagem no raio-x e esperar o fical inspecionar o ônibus para poder entrar no Chile.
Chegamos em Punta Arenas e atravessamos a rua correndo para pegar o outro ônibus para Puerto Natales, onde chegamos às 21h00.
Nos hospedamos no Hostal Reymar, onde tivemos um quarto espaçoso e um ótimo atendimento. O hostal fica bem no centro da cidade (não que ela seja muito grande..rs) e nos buscaram na rodoviária sem cobrar nada.
Hostal Reymar: 24.000 pesos chilenos

16/01/10

Usamos o dia para alugar os materiais e alimentos para Torres del Paine. Alugamos os sacos de dormir, bastões e fogareiro na loja Turismo Receptivo Teresa (rua arturo Prat n 258), onde tinha equipamentos novos da doite e com preço melhor do que na Casa Cecília. Para que vai alugar fogareiro, é importante testá-lo com o botijão de gás que será utilizá-do.
Nos mercados da cidade há várias comidas em embalagens pequenas para levar para a trilha, mas não tem muita variedade. Já em algumas lojinhas da cidade é possível encontrar vários tipos de frutas secas.
Aproveitamos para comprar a passagem para Torres del Paine e para El Calafate na mesma empresa, Maria José. A passagem para El Calafate era mesma em todas as agências, já para Torres del Paine, havia diferença de preço.

Ônibus para Torre del Paine: 15000 pesos chilenos
Ônibus para El Calafate: 11000 pesos chilenos
Aluguel do saco de dormir: 2000
“ dos bastões: 1500
“ fogareiro: 1000

17/01/10

O ônibus nos pegou no hotel por volta de 8h00. Os outros passageiros (a grande maioria era de Israel) largaram os mochilhas no meio do corredor e tivemos que pisar em várias delas para chegar ao nosso assento, já que o povo se recusou a tirá-las do caminho mesmo após eu ter pedido.
Ao chegar no parque, paramos em Laguna Amarga para pagar a entrada e receber o mapa do parque. Também é possível verificar a previsão de tempo e ventos para os próximos dias (não que adiante muita coisa, pois o tempo por lá é imprevisível).
Entramos no ônibus novamente e seguimos para Pudeto. Para pegar o catamarã foi meio tumultuado, pois só viajam 80 pessoas por vez, e como não havia uma fila, o pessoal começou a se acotovelar pra conseguir entrar. Felizmente conseguimos entrar na primeira turma.
Nesse primeiro dia nosso objetivo era chegar ao Refúgio Grey, distante 11 km do ponto de partida, o Refúgio Paine Grande (ou Pehoé). O dia estava vei nublado e com chuviscos, assim, iniciamos a trilha bem agasalhados, mas logo o corpo esquenta e se pode caminhar apenas com o anorak. O caminho é lindo! Quando se chega ao ponto onde se avista o Glaciar Grey, o vento se torna muito forte, mas a vista é algo indescritível! No restante do caminho há vários riozinhos e cascatas onde se pode pegar água para beber. A propósito, em Puerto Natales não encontramos Clorim para vender, pois já que a água do parque é potável, ninguém compra.
Ao chegar no refúgio, deram um quarto só para nós dois. Assim, deixamos nossas coisas e seguimos até o mirador, onde se tem uma vista lindo do Glaciar e ainda dá para descer até bem pertinho de onde ficam vários pedaços de gelo enormes que se desprendem do Grey. Cozinhamos nossa janta e fomos dormir 9h00 com o dia ainda claro, pois estávamos bem cansados.

Entrada do parque: 15000 pesos chilenos
Catamarã: 11000 pesos chilenos

18/01/10

O dia amanheceu ensolarado e fomos até Los Guardas para ter uma linda visão do Grey! Depois, voltamos ao refúgio para buscar as mochilas e fizemos o caminho de volta a Paine Grande. Ainda perto do refúgio Grey escutamos um barulho de batida na madeira e nos deparamos com uma casal de pica-pau bem pertinho da gente!
A volta foi mais rápida que a ida. O Paine Grande é um refúgio mais confortável onde muitos turistas ficam para fazer alguma trilha por perto, então está sempre lotado. Ficamos em um quarto cheio de chineses, mas foi tranquilo. A estrutura para camping também é muito boa, com uma cozinha com fogão e gás para o pessoal cozinhar.
Há um bar no segundo piso com vista para Los Cuernos, assim resolvemos tomar um vinho para tentar relaxar e diminuir a dor nos ombros por causa do peso da mochila...depois que o corpo esfriou eu nem conseguia levantar o braço...rs. Nesse bar conhecemos outros 3 brasileiros que fizeram o w no sentido oposto e já estavam no penúltimo dia.

















19/01/10



O tempo estava bem nublado e com um pouco de chuva. Quando chegamos no acampamento Italiano o guarda-parque nos desaconselhou ir ao Vale do Francês, pois com aquele tempo a visibilidade estaria bem prejudicada. Assim, fomos somente até o mirante e depois seguimos para o Refúgio Los Cuernos. Lá, ventava muito e não havia lugar para cozinhar, então cada um cozinhava onde conseguisse se proteger um pouco do vento. Perto do refúgio tem o lago Nordenskjold, onde era possível ver a água subir devido ao vento.
Ficamos em um um quarto com um casal israelense e 4 senhores italianos que ficavam de sunga no quarto...muito engraçado...rs. As conversas eram uma mistura de espanhol, italiano e inglês, mas no fim, todos se entendiam.


20/01/10

Saímos em direção ao Refúgio Chileno debaixo de muita chuva! O riachos do caminho estavam cheios e para cruzá-los era impossível não se molhar. Chegamos cedo ao refúgio, mas completamente encharcados! Botamos a roupas para secar e fizemos almoço no quarto mesmo, que até então estava vazio. Os italianos ficaram em outro quarto dessa vez. Nessa etapa da trilha todo mundo já meio que se conhece e fomos encontrado essas mesmas pessoas nas outras cidades que visitamos.
Lá pelas 15h00 o sol saiu e resolvemos seguir a sugestão de outro brasileiro e subir para o mirante das Torres naquele dia mesmo. Já perto das torres começou a “nevar”, pois o vento soprava a neve das montanhas para cima de nós. O trecho final possui grande aclive e muitas pedras e quando estávamos cansados, sempre passava alguém vindo lá de cima falando que estava perto e que a vista era espetacular. E realmente eles estava certos! A visão das torres com a lagoa de cor turquesa aos seus pés é algo indescritível que definitivamente compensa a dificuldade para chegar até ela. Algumas pessoas vão bem cedinho para ver o nascer do sol lá, o que também deve ser bem legal.
Ao voltar ao refúgio descobrimos que devido a um problema, não havia água quente no chuveiro e como não rola de tomar banho frio na Patagônia, nos limpamos com os lencinhos umidecidos mesmo.


21/01/10


Esse era nosso último dia e tínhamos tempo de sobra, então fomos bem tranquilos em direção à Hosteria Las Torres. O dia estava ensolarado, mas o vento era muito forte (a previsão era de 100 km/h), o que tornou perigosa a passagem por um trecho onde a trilha era estreita e um lado tínhamos a rocha e do o outro, um abismo. A cada lufada de vento todo mundo parava e tentava se firmar junto à rocha e até as capas das mochilas o vento tirava.
Chegamos na hosteria e passamos o tempo vendo os cavalos e uma espécie de museu que eles têm sobre a fauna e flora local. Logo depois chegou a van que nos levou à Laguna Amarga para pegar o ônibus das 14h30.
Após entregar os materiais alugados, demos uma volta na cidade e fomos comemorar o final da trilha comendo um delicioso Filé a lo Pobre no restaurante Marítimo.